quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Movimento entrega Carta Compromisso aos candidatos e candidatas

O Movimento Mais Mulheres No Poder iniciou, na segunda (28), a entrega de uma Carta Compromisso aos candidatos e candidatas a prefeito(a) de Maringá. No documento, os prefeituráveis se comprometem, caso eleitos, com as propostas das mulheres.

Ato com Akemi

Ato com Bovo

Ato com Calazans

Ato com Mariucci

O documento propõe a ocupação de 50% dos cargos de primeiro e segundo escalão de secretarias e diretorias por mulheres e destinação de 4% do orçamento do município para políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher.

Até o momento, a carta foi entregue a Akemi Nishimori (PL), Rogério Calazans (Avante), José Luiz Bovo (Podemos) e Carlos Mariucci (PT). Estes dois assinaram o documento sem ressalvas. 

Akemi fez questão de registrar o compromisso com implantação da paridade de gênero de maneira gradual, e o percentual do orçamento a partir do segundo ano de governo. Calazans escreveu de próprio punho que se compromete com o esforço de alcançar a meta da paridade. A carta compromisso será entregue aos outros oito candidatos e uma candidata à Prefeitura.

Em todos os atos o documento é entregue aos prefeituráveis por candidatas a vereadora integrantes do movimento, que podem ou não ser da mesma legenda do candidato à majoritária, valorizando o caráter suprapartidário do mesmo.




sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Ato público lança candidaturas femininas neste domingo

 


O Movimento Mais Mulheres No Poder promove neste domingo (27), data que marca o início da campanha eleitoral, o lançamento das candidaturas femininas em Maringá. O encontro será na praça em frente à Câmara de Vereadores e tem início marcado para as 9 horas. Participarão as candidatas e apoiadoras do movimento que visa conquistar uma bancada feminina na Câmara Municipal. 

Segundo a organização, o início das falas ocorrerá às 9h30, com término do evento previsto para as 11 horas. Serão respeitadas as orientações de prevenção ao coronavírus (covid-19). O gramado da praça será demarcado para apontar aos participantes o distanciamento necessário de dois metros.

O lançamento das candidaturas permitirá a muitas integrantes do movimento – que até então só haviam se visto em lives e outros eventos virtuais – conhecerem-se pessoalmente. Muitas delas se encontrarão pela primeira vez desde que o movimento começou, em junho.

Para a jornalista Sílvia Calciolari, mestre em Sociologia das Organizações pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), o evento ajudará a reforçar a importância da participação das mulheres na política, espaço da união de forças, do diálogo de opiniões divergentes e da construção coletiva.

"A cidade que queremos deve se abrir para todos os olhares e a mulher maringaense já demostrou que tem sensibilidade e habilidades para contribuir nessa construção”, diz Sílvia. “O Movimento Mais Mulheres No Poder visa criar essa oportunidade ao dar visibilidade às candidatas para termos maior representatividade no Legislativo e Executivo municipais”, acrescenta a jornalista.

Nas eleições deste ano, Maringá tem 134 candidatas a vereadora, número que supera em 54% as 87 candidaturas de 2016 e em 32,7% o recorde anterior, de 2012, quando 101 mulheres concorreram ao Legislativo municipal.

Para o ato deste domingo são aguardadas candidatas de vários partidos. Durante a pré-campanha, o movimento suprapartidário chegou a reunir 89 pré-candidatas de 16 partidos. Além da meta de eleger uma bancada feminina na Câmara de Maringá e de ocupar postos no primeiro escalão do Executivo, o movimento surgiu com o propósito de apoio mútuo entre as mulheres inseridas no pleito.

Compromisso

Em apenas três meses, o comprometimento das mulheres envolvidas com a essência do movimento – eleger uma bancada feminina nas eleições de 2020 - demonstrou várias vezes que veio para “chacoalhar o bambuzal” da política maringaense. Uma carta compromisso com as duas propostas do movimento – 50% dos cargos do primeiro e segundo escalão do Executivo ocupados por mulheres e 4% do orçamento anual do município para políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher – será entregue a todos os candidatos a prefeito pelas mãos de candidatas dos respectivos partidos, a partir da primeira semana de campanha. A expectativa do coletivo é de que todos assinem o documento, o que será mais um sinal da força que só o engajamento em uma causa é capaz de produzir e uma excelente oportunidade à futura gestora ou gestor em dar sentido real ao discurso de apoio às causas das mulheres.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Live: bancada feminina e políticas públicas voltadas para a educação


 

O Movimento Mais Mulheres No Poder promove nesta terça, 22, às 19h, mais uma live. O encontro é entre o  advogado e ex-secretário de Educação de São Paulo, João Cury, e as candidatas a vereadora Ednéia, do PTB, Professora Nadir, do MDB, Vânia Teixeira, do MDB e Vera Lopes, do PSD.

O tema "Bancada feminina e políticas públicas voltadas para a educação" reunirá candidatas afeitas à área educacional e o ex-secretário paulistano, que atendeu ao convite feito em nome do Movimento Mais Mulheres No Poder por Patrícia Bezerra, maringaense que cumpre o segundo mandato na Câmara de Vereadores da capital de São Paulo. A vereadora é apoiadora e incentivadora do movimento.

A live será transmitida pelo facebook maismulheresnopodermaringa


Busca por bancada feminina tem número recorde de candidatas



Dos 416 nomes homologados pelos partidos políticos para a disputa das 15 cadeiras da Câmara de Maringá, 134 são mulheres. Em números absolutos, a participação feminina nas Eleições 2020 supera em 54% as 87 candidaturas de 2016 e em 32,7% o recorde anterior, de 2012, quando 101 mulheres concorreram ao Legislativo municipal.

 As mulheres constituem 32,22% do total de candidatos homologados para as eleições proporcionais deste ano. O percentual atende à exigência da proporcionalidade gênero de 30%/70% para a formação das chapas.

 Na eleição majoritária, por sua vez, Maringá terá duas candidatas a prefeita - Akemi Nishimori (PL) e Coronel Audilene (PP) - e cinco a vice: Cristiane Tazinafo (PTC), Lilian Moraes (DC), Eliane de Oliveira Silva (Patriota), Vanessa Paludetto Lollato (PSDB) e Luzinete Peder (Avante). Os nomes devem ser confirmados até sábado (26), data limite para o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral.

 “Maringá ter registrado aumento no número de candidatas é um grande ganho, pois isso nos aproxima da democracia que queremos. Uma democracia em que o quantitativo de eleitoras, 52%, seja próximo do percentual de eleitas, que hoje na cidade é zero”, avalia Naiara Coelho, advogada voluntária do Movimento Mais Mulheres No Poder.

Os partidos que mais lançaram candidatas a vereadora foram PDT (9), MDB (9), PT (8) e Avante (8). Na razão masculino x feminino, proporcionalmente foram o PCdoB, o MDB, a Rede e o PDT os partidos que mais lançaram mulheres. Algumas siglas limitaram-se à obrigação do mínimo de 30% na proporção de gênero.

 Uma das integrantes do movimento “Mais Mulheres No Poder” e candidata a vereadora pelo PDT, Ana Lúcia Rodrigues comemora o recorde, mas diz que é preciso ver além dos números. Para ela, as candidaturas femininas avançaram em quantidade e em qualidade, com candidatas mais preparadas para o pleito.

 Na opinião da candidata, a força do movimento suprapartidário foi determinante para quebrar paradigmas e mostrar que política é, sim, lugar de mulher. Com grande destaque na mídia e apoio de dezenas de voluntárias, o movimento chegou a reunir 89 pré-candidatas de 16 partidos, todas com o mesmo propósito: eleger uma bancada feminina para a Câmara de Maringá.

 “Por meio do ‘Mais Mulheres No Poder’ houve preparação das pré-candidatas nunca antes vista na cidade, com formações, lives e mobilizações. Ninguém fica num jogo se não souber as regras e, nesse sentido, hoje as mulheres estão preparadas”, acrescenta.

 Celene Tonella, cientista social e professora de pós-graduação da Universidade Estadual de Maringá (UEM) assina embaixo do comentário da candidata. Segundo ela, a baixa presença de mulheres na disputa a cargos eletivos em pleitos anteriores devia-se à pouca oportunidade dentro dos próprios partidos políticos, que em geral as convidam para preencher vagas sem garantir as condições de verdadeiramente competir por uma vaga. “As vozes das mulheres, maioria na sociedade, e de outros grupos sociais como negros, indígenas, LGBT e outros, não têm espaço no parlamento”, diz ela.

 Na eleição de 2016, sem a mesma articulação feminina de agora, as 87 candidatas a vereadora somaram apenas 15,22% dos votos, o equivalente à soma dos seis homens mais bem votados. Apenas seis fizeram mais de mil votos – Carmen Inocente (3.600), Professora Vilma (1.886 votos), Cantora Marcia Mara (1.511), Iraides Baptistoni (1.432), Majô (1.051) e Márcia Socreppa (1.014). Nenhuma foi eleita.

 Para Ana Lúcia e outras integrantes do movimento, a preparação das mulheres para o pleito em curso será determinante para garantir o retorno da representatividade feminina na Câmara Municipal. O movimento não arrisca um número de candidatas a ser eleitas, mas trabalha com a certeza de que as mulheres sairão das urnas vitoriosas e com a meta de uma bancada feminina alcançada.

 

Luta permanente

Apesar da proporcionalidade mínima entre candidatos(as), não há proporcionalidade que assegura um mínimo de gênero entre os eleitos. “Essa participação na política institucional é uma luta permanente, que acumula vitórias e derrotas”, diz Celene, citando a minirreforma de 2009, que estabeleceu a proporcionalidade de gênero, instrumento que se mostrou incapaz de reverter os números na eleição do ano seguinte. Em 2010, o número de eleitas para a Câmara dos Deputados manteve-se em 8,8%, o mesmo percentual de 2006.

 Nem mesmo a eleição de primeira mulher para a presidência da República, Dilma Roussef, garantiu a presença de mais mulheres na política. Em 2016, 649 mulheres foram eleitas para as prefeituras dos 5.568 municípios brasileiros, apenas 11,7% do total, segundo a pesquisa Perfil das Prefeitas no Brasil, do Instituto Alziras.

 De acordo com a cientista social, no interior das siglas partidárias muitas candidatas até “naturalizam” sua presença para “ajudar a eleição” daqueles nomes considerados com mais chances – homens, na imensa maioria, provando que a boa legislação é insuficiente se a cultura machista enfronhada na sociedade e na política permanecer.

 Neste sentido, Celene considera o número de candidatas nas eleições em Maringá um dos êxitos do Movimento Mais Mulheres No Poder. “Essas mulheres se desafiaram e decidiram concorrer ao legislativo e executivo”, diz ela.


segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Professora Ana Lúcia é candidata do PDT




 

Manifestações de repúdio ao PDT Maringá e de apoio à candidatura de Ana Lúcia se multiplicam

O movimento suprapartidário “Mais Mulheres No Poder” de Maringá realizou, na manhã de domingo (13), uma manifestação em apoio à candidatura a vereadora da professora Ana Lúcia Rodrigues (PDT). O ato, que teve concentração em frente à Câmara Municipal, com participação massiva das mulheres foi uma reação à decisão arbitrária da Executiva Provisória do PDT Maringá que, na convenção da legenda na sexta (11) barrou a candidatura de Ana Lúcia sem justificativa plausível. Havia 22 pré-candidatos para 23 vagas possíveis, ainda assim, a Executiva preferiu vetar o nome da professora. Falas fortes e comprometidas cobravam a garantia do direito da professora da Universidade Estadual de Maringá (PDT) de concorrer no pleito deste ano. 

 

Crédito: Breno Ortega

Crédito: Valdete da Graça

 

As manifestações de apoio a Ana Lúcia, que tem se destacado como uma das lideranças do “Mais Mulheres no Poder” foram as mais variadas, começando pelas companheiras no grupo do próprio movimento. Quem puxou a fila das mensagens indignadas foi Tere Pereira, do PP, ainda na madrugada de sábado. “Que violação de direitos é essa??? Não podemos nos calar. O Movimento precisa se manifestar!!”, escreveu. As mensagens continuaram. “Se tivesse um motivo, mas não... o nome disso é arbitrariedade. Vergonha”, escreveu Cristiane Neme, do PROS. “Nosso movimento precisa se fortalecer e lutar com mais vigor contra essa cultura masculina na política.  Estarei apoiando qualquer decisão do grupo para o combate desse mal social”, escreveu Latife Ammar, da Rede Sustentabilidade. Márcia França, pré-candidata pelo PT, escreveu “hora de soltar o verbo sim, mostrar que somos mulheres, defendemos mulheres, independente de sigla partidária. Se ofendeu uma mulher, ofendeu a todas nós”. “Estarei sempre com você, você me inspira a fazer uma política melhor”, declarou Cristiane Tazinafo, do PTC.

 

Crédito: Breno Ortega

Crédito: Valdete da Graça

 

Suprapartidário, o movimento Mais Mulheres No Poder reúne 89 pré-candidatas de 16 partidos e publicou nota de repúdio à decisão do PDT que, um dia, já foi liderado por Leonel Brizola. Muitas críticas, inclusive de brizolistas, apontam que a decisão da Executiva municipal vai na contramão da história democrática do partido. "O PDT instala em Maringá a perseguição política tão combatida ao longo de sua história", disse Luiz Leal.

 

Na opinião de mulheres que apoiam o movimento – que busca uma bancada feminina na Câmara, composta só por vereadores homens – a decisão da cúpula pedetista local flertou com o machismo e a misoginia. "PDT de Maringá, homens, do que vocês têm medo? Não vamos nos calar", escreveu a jornalista Valdete da Graça, que também integra o Fórum Maringaense de Mulheres, entidade que assina a nota de repúdio juntamente com o Movimento Mais Mulheres. O Movimento Nenhuma a Menos também publicou nota de apoio à professora. “Lamentamos profundamente o cerceamento da candidatura a vereança da Professora Ana Lúcia Rodrigues e esperamos que o quadro seja revertido. Quanto ao processo interno do Partido em questão, nos parece no mínimo estranho que havendo sobra de vagas, decidiram pela negativa da candidatura.”

 

Demonstrações de apoio a Ana Lúcia também partiram de autoridades locais, inclusive do prefeito Ulisses Maia (PSD), que em 2016 foi eleito pelo PDT. “Professora Ana Lúcia, receba minha solidariedade. Sua candidatura é mais que legítima”, disse o prefeito. A vereadora paulistana Patrícia Bezerra, que é maringaense e apoiadora do Movimento Mais Mulheres, gravou vídeo de apoio à professora.

 

Para o secretário municipal de Recursos Humanos, César França, o PDT de Maringá vivenciou, na convenção de sexta-feira, uma vergonha sem precedentes. “Em nome da ‘democracia’, com único intento de vingança pessoal, de uma disputa pela Reitoria da UEM, vilipendiaram o direito da professora Ana Lucia de concorrer a vereadora. Uma atitude covarde”, escreveu o secretário, nas redes sociais.  

 

Numa live da convenção do PDT em Curitiba, dezenas de pessoas criticaram a postura do partido na Cidade Canção. “Eram 23 vagas, 22 candidatos e a professora Ana Lúcia foi tolhida do processo. Vergonha", escreveu Maria Araujo. "Morreu a democracia do PDT de Maringá", comentou Regina Zeladora.

 

As manifestações de apoio envolveram também outros partidos. Além da fala de Ulisses, a Rede Sustentabilidade publicou nota. “A professora Ana Lúcia é reconhecidamente uma relevante estudiosa e militante na área de políticas públicas e direitos humanos, com importantes contribuições prestadas à sociedade local", diz trecho da nota da Rede.

 

Nas redes sociais, mensagens de apoio também foram enviadas a lideranças estaduais e nacionais da legenda, como o deputado federal e ex-prefeito de Curitiba Gustavo Fruet e o vice-presidente do partido, o ex-ministro e candidato a presidente da República em 2018 Ciro Gomes.

 

Neste fim de semana, uma petição virtual foi criada para coletar assinaturas em apoio ao direito de Ana Lúcia ser candidata. Na petição, o texto de apresentação lembra que a decisão pela exclusão do nome da professora foi tomada por uma comissão provisória composta por dez homens e apenas uma mulher, sendo que seis destes dirigentes votaram pela retirada do nome de Ana Lúcia da chapa. Para assinar a petição acesse o link: https://bit.ly/32qMblw.

 

Num vídeo publicado na internet e também no ato deste domingo, Ana Lúcia informou que entrará com ações judiciais, apesar de considerar difícil a reversão da decisão política na Justiça. “Mas, politicamente, podemos. Se Curitiba se mobilizar com essa atitude arbitrária do PDT em Maringá, isso se reverte", comentou a professora da UEM.  

 


 

 

 

 


sábado, 12 de setembro de 2020

NOTA DE REPÚDIO



O Movimento Mais Mulheres No Poder em Maringá, composto por 16 partidos e 89 pré-candidatas a vereadora, levanta-se contra a arbitrariedade cometida pela Comissão Provisória Municipal do PDT de Maringá na convenção em que a professora Ana Lúcia não teve o direito de compor a chapa de vereadores, mesmo com sobra de vaga.

Seis dos 11 dirigentes partidários – 10 homens e uma mulher - votaram pela exclusão da candidatura da professora Ana Lúcia de maneira injustificada, autoritária, covarde e rasteira, alijando do direito a concorrer ao processo eleitoral na condição de candidata a vereadora uma liderança respeitada e reconhecida.

Repudiamos frontalmente a decisão e convocamos todas e todos que acreditam na política como a disputa digna dos espaços de poder a manifestar apoio às ações em busca de restabelecer a justiça violentamente manchada na vergonhosa convenção partidária de 11 de setembro de 2020.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Mulheres debatem a importância de uma bancada feminina na Câmara

 


 

Nesta sexta, 4, às 19h, o movimento “Mais Mulheres No Poder” promove uma de suas lives mais aguardadas. Pré-candidatas e uma convidada de peso abordarão “A Importância de uma Bancada Feminina na Câmara Municipal.”

O tema é uma das razões de ser do movimento, que atua nesta fase de pré-campanha eleitoral para que a situação ocorrida nas Eleições de 2016 nunca mais se repita na cidade. Naquele pleito, apenas homens foram eleitos para as 15 cadeiras da Câmara de Maringá, deixando o Legislativo local sem representatividade feminina.

Suprapartidário, o “Mais Mulheres No Poder” já reúne mais de 80 pré-candidatas de Maringá. Seis delas participarão da live desta sexta à noite: Ana Lúcia Rodrigues (PDT), Alana Marquezini (PSD), Rose Leonel (Podemos), Margot Jung (PT) e Terezinha Pereira (PP).

A convidada especial é Patrícia Bezerra (PSDB), vereadora reeleita no município de São Paulo. A história de Patrícia é no mínimo curiosa: Maringá não elegeu nenhuma vereadora para sua Casa de Leis, mas os paulistanos elegeram uma maringaense para a Câmara Municipal de São Paulo – que tem nove mulheres em suas 55 cadeiras.

Psicóloga de formação e com grande experiência no trabalho social, Patrícia ajudará na análise sobre a importância da bancada feminina na Câmara Municipal e o que Maringá perde, atualmente, por não ter mulheres entre seus representantes no Legislativo local.

“Temos uma representação incipiente da mulher no Brasil como um todo. Somos mais de 52% do eleitorado brasileiro, como mais de 52% da população. Somos a maioria, mas isso não se vê representado nas câmaras municipais nem nas assembleias legislativas nem no Congresso Nacional”, diz Patrícia.

A situação da Câmara de Maringá, composta apenas por homens, não é exceção. Segundo Patrícia, um quarto das câmaras municipais do Brasil não tem presença feminina. “Houve avanços, mas a gente ainda vive numa sociedade patriarcal, conservadora, misógina e preconceituosa em relação ao papel da mulher na sociedade”, diz. “E os números de feminicídio não negam”, acrescenta a vereadora.

Ainda segundo Patrícia, as mulheres não podem mais aceitar o segundo plano na política, como se o papel político não coubesse a elas. A vereadora por São Paulo reconhece a importância de movimentos como o “Mais Mulheres No Poder” para mudar essa realidade.

O bate-papo com Patrícia Bezerra e as cinco pré-candidatas a vereadora será transmitido pela página do movimento: facebook.com/maismulheresnopodermaringa. Esta é a 11ª live realizada pelo “Mais Mulheres No Poder” em Maringá.