quarta-feira, 30 de junho de 2021

Live marcou o primeiro aniversário do Movimento Mais Mulheres no Poder de Maringá

 

 

            Parece que foi ontem, mas em junho completamos um ano de uma ação inédita e extraordinária que reuniu mais de 100 mulheres em torno de uma causa comum a todas: Conquistar e ampliar a representação feminina na Câmara Municipal de Maringá; garantir representação de 50% de mulheres nos cargos de primeiro e segundo escalões na administração municipal; e aplicar 4% do orçamento em políticas públicas que defendam e protejam as mulheres.

            Para marcar esse primeiro ano de atuação, realizamos no dia 25 uma live com convidadas especiais: a Vereadora e Procuradora da Mulher Professora Ana Lúcia Rodrigues, a Secretária da Mulher Terezinha Pereira, a Diretora Adjunta do Centro de Ciências Aplicadas da UEM Gisele Mendes de Carvalho e a Presidente da OAB-Maringá Ana Cláudia Pirajá Bandeira. O evento foi mediado pela jornalista e voluntária do MMNP, Silvia Calciolari.

            Outra ação organizada que visa fortalecer e ampliar a participação do grupo na vida política foi a aprovação, após ampla discussão nos grupos internos do movimento, de um Regimento Interno que estabelece critérios para o ingresso de novas participantes e voluntárias, além da permanência das atuais. Todos os esforços têm por objetivo preparar e formar candidaturas competitivas para as próximas eleições.

            A Professora Ana Lúcia Rodrigues abriu o debate da live, fazendo um retrospecto da criação do MMNP, “um movimento coletivo, que nasceu num contexto em que não havia nenhuma mulher nas 15 cadeiras da Câmara de Vereadores. Era uma realidade que não cabia em Maringá. No contexto de um ano atrás, essa era uma luta que tínhamos que abraçar para eleger mulheres para a Câmara”. A luta também compreendia a defesa de duas bandeiras: a paridade entre homens e mulheres no segundo e primeiro escalões do Executivo e a inclusão de recursos no orçamento para o enfrentamento à violência contra a mulher. A vereadora e Procuradora da Mulher lembrou que o atual prefeito se comprometeu integralmente com todas as bandeiras defendidas pelo MMNP. “Seis meses depois, temos 64% dos cargos nomeados nos diversos escalões do Executivo municipal ocupados por mulheres. E das 29 pastas do primeiro escalão, temos nove secretárias. A secretária da Mulher, Terezinha Pereira foi indicada pelo MMNP”.

Ana Lúcia também falou sobre a tramitação de uma PEC no Legislativo Federal que prevê a criação de uma reserva de 15% das vagas na Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas, Câmara Legislativa do Distrito Federal e Câmaras Municipais para as mulheres. “É uma discussão que tem que ser realizada e abraçada pelas organizações e movimentos de mulheres, pelas mulheres que têm mandato político, porque, a despeito da proporcionalidade que está garantida na composição das chapas (30% de gênero), a representatividade não ocorre como deveria. A reserva de 15% de vagas para mulheres no Legislativo é necessária; ainda é pouco, mas há a proposta de que esse percentual vá sendo aumentado a cada eleição”, colocou. As deputadas e senadoras que discutem o tema no Congresso defendem que o percentual das vagas destinadas a mulheres seja de 30%.

            A secretária municipal da Mulher Terezinha Pereira – que integra o MMNP desde sua criação – destacou que no Brasil muito se tem avançado no debate das questões femininas e feministas. “Alguns temas ganharam maior destaque, mas a representatividade da mulher na política é um debate que ainda se encontra muito longe da visibilidade que necessita. O direito da mulher ao voto ainda não reverbera nas urnas. A política ainda não é um espaço democrático para a mulher”, pontuou. Terezinha ressaltou a importância da existência do MMNP para mudar essa realidade, uma vez que o Brasil é um dos piores países em termos de representatividade feminina. “Somos o terceiro pior da América Latina em representatividade feminina no Legislativo”, colocou.

            Terezinha lembrou que quando o MMNP surgiu, com o objetivo de mudar a realidade de ausência de mulheres na Câmara de Vereadores, “fomos percebendo quantas correntes nos aprisionavam, seja dentro dos partidos ou em outras estruturas da sociedade. A professora Ana Lúcia, por exemplo, foi impedida de ser candidata no seu partido, mas nós nos mobilizamos, chacoalhamos o bambuzal, e sua candidatura foi homologada. Nós vamos ocupar esse espaço na política que é nosso, garantido constitucionalmente.”

A secretária da Mulher lembrou que quando as mulheres se movimentam para ocupar espaços de poder e de decisão, mexem com as estruturas. “Nunca vi um movimento tão atacado quanto foi o nosso durante as eleições. Diziam: ‘Elas querem o poder’. É claro que queremos!” Terezinha lembrou que o prefeito Ulisses Maia solicitou que o movimento indicasse a secretária da Mulher, reconhecendo a importância do MMNP. “Sete companheiras se candidataram dentro do movimento e meu nome foi escolhido no voto. Hoje 75% das servidoras municipais são mulheres e 64% dos cargos de primeiro e segundo escalões são ocupados por mulheres”, frisou.

            A professora Gisele Mendes de Carvalho fez, durante a live, uma retrospectiva histórica da trajetória feminina e falou sobre as mudanças na legislação que foram ampliando a participação das mulheres nos espaços políticos e de poder. Na abordagem, Gisele ressaltou que, apesar dos avanços ao longo dos anos, ainda há muito a ser conquistado e a união das mulheres em torno de ações como o MMNP é fundamental para isso. “Representamos mais de 52% do eleitorado brasileiro e não estamos presentes nas prefeituras, câmaras, congresso, governos federal e estadual nessa mesma proporção. Isso precisa mudar”, salientou.

            A Presidente da OAB-Maringá Ana Cláudia Pirajá Bandeira ressaltou que, para ocuparem os espaços de poder, é necessário que as mulheres se envolvam “com as pautas importantes do município, do estado, do país. Precisamos nos colocar, nos posicionar para ocupar, de fato, esses espaços”. E frisou a importância de ter no poder pessoas que apoiam a causa feminina. “Há muito para caminhar, precisamos plantar sementes. 15% de representação no Legislativo, como está sendo discutido na proposta da Reforma Eleitoral, é pouco. Temos que chegar à mesma proporção que somos na população”.

Perspectivas

            Os desafios para a próxima eleição geral de 2022 estão colocados e os caminhos traçados. “As mulheres devem desde já começar a articular suas candidaturas junto aos partidos, definir seus grupos de apoios e estruturar uma estratégia de campanha. Parece cedo, mas o quanto antes essa preparação pré-campanha maior a chance de um desempenho satisfatório”, explica a jornalista Silvia Calciolari, voluntária da MMNP.

            Fiel aos seus princípios, o Movimento consolida o formato inicial de rede colaborativa, a fim de compartilhar as experiências, encontrar informações, entender e superar os dilemas que resultam da escolha que fizemos em disputar uma vaga na Câmara de Vereadores. Ou seja, um espaço a nos ajudar e permitir o aprendizado de umas com as outras, fazendo das eleições também um ambiente educativo/pedagógico que contribua com a redução das desigualdades entre homens e mulheres no campo da política.

quinta-feira, 18 de março de 2021

Nota de repúdio do Movimento Mais Mulheres no Poder de Maringá

Foto de Marquinhos - Fotógrafo da Câmara

 O Movimento Mais Mulheres no Poder de Maringá repudia, veementemente, os ataques desferidos nas redes sociais contra a Vereadora Professora Ana Lúcia (PDT), orquestrados por grupos que não admitem como legítimo o cumprimento das prerrogativas da vereança na defesa dos interesses da população. 

Vamos aos fatos. A vereadora encaminhou o Ofício 19/2021 ao secretário de Saúde Marcelo Puzzi, com cópia ao prefeito Ulisses Maia, cobrando do mesmo que se manifestasse publicamente em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), pronunciando-se em relação à assistência médica privada a ser oferecida pela Rede Cross a pessoas carentes. No Ofício 20/2021, endereçado à promotora Michele Nader, titular da 14° Promotoria de Defesa dos Direitos do Idoso, Pessoa com Deficiência, Saúde Pública, Saúde do Trabalhador e Reparação de Dano Resultante do Crime, a vereadora solicitou encaminhamentos da alçada da promotoria, caso houvessem, em relação ao mesmo assunto. Ao instaurar a Notícia de Fato MPPR 0088.21.000987-9, a promotoria entendeu que havia encaminhamentos a ser feitos, e os mesmos estão descritos no documento. 

Ao contrário do que está sendo falsamente disseminado nas redes sociais, a Professora Ana Lúcia NÃO pediu a proibição da assistência em nenhum dos ofícios encaminhados por ela.  

Nós, integrantes do MMMP, nos solidarizamos com a Vereadora Professora Ana Lúcia e reafirmamos nosso repúdio aos desproporcionais, injustificados e agressivos ataques à vereadora nas redes sociais, muitos dos quais ultrapassam o limite da crítica institucional e apelam à covarde agressão pessoal. Esperamos que a justiça alcance os autores das agressões e que estes respondam sob os rigores da lei. 

Como movimento de mulheres suprapartidário, composto pela pluralidade de pensamentos, defendemos o livre exercício do mandato eletivo e a autonomia da Vereadora para realizar todos os questionamentos que considerar cabíveis. A Democracia clama por mais respeito ao contraditório, sobretudo no exercício de sua função pública, com debate de ideias fundadas em argumentos sólidos e sem ofensas pessoais.

A violação da imagem pessoal não pode ser usada como base de sustentação para nenhuma discussão ideológica. Não vamos tolerar qualquer ação que vise destruir reputações.

Neste momento em que a negação da Ciência, a desqualificação do conhecimento e a disseminação de fake news enfraquecem o enfrentamento ao flagelo causado pelo coronavírus, erguemos nossa voz como movimento civil organizado. Temos essa responsabilidade, uma vez que as quase 280 mil vidas perdidas deixam um legado de dor e ausência que jamais será reparado.






domingo, 7 de fevereiro de 2021

Câmara de Maringá terá Procuradoria da Mulher

Por iniciativa da vereadora Professora Ana Lúcia, a Procuradoria da Mulher será criada na Câmara de Vereadores de Maringá. O requerimento 20/2021, lido em plenário na Sessão Ordinária do dia 2 de fevereiro, a primeira do ano legislativo, foi aprovado na sessão seguinte e seguirá os trâmites regimentais.

A Procuradoria da Mulher atua no combate à violência e à discriminação contra as mulheres, qualificando os debates de gênero nos parlamentos, recebendo e encaminhando aos órgãos competentes as denúncias e os anseios da população. Ter mais procuradorias significa ampliar o alcance desse trabalho em rede e garantir a eficácia na prestação dos serviços.

A Procuradoria da Mulher em âmbito nacional, na Câmara dos Deputados, foi criada em 2009, Resolução nº 10, sendo uma iniciativa inédita. As procuradoras são sempre eleitas por todas as deputadas na primeira quinzena da primeira e terceira sessões legislativas, concomitante à eleição para Coordenação da Bancada Feminina. Em junho de 2019, a Assembleia Legislativa do Paraná institui a Procuradoria Especial da Mulher. Em março de 2020 havia no Estado 24 procuradorias municipais, nas cidades de Arapoti, Carlópolis, Chopinzinho, Coronel Domingos Soares, Coronel Vivida, Curitiba, Florestópolis, Fazenda Rio Grande, Francisco Beltrão, Guarapuava, Guaíra, Irati, Laranjeiras do Sul, Nova Fátima, Nova Tebas, Palmas, Pérola, Pinhão, Pitanga, Santa Izabel do Oeste, Santa Maria do Oeste, Terra Roxa, Tibagi e Tunas do Paraná.


Vídeo disponibilizado pela Câmara de Maringá e editado por João R. Peralta.


Participantes do Movimento Mais Mulheres receberão Título de Mérito Comunitário

Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, as 83 mulheres que participam do Movimento Mais Mulheres No Poder serão agraciadas com o título de Mérito Comunitário da Câmara de Vereadores de Maringá. De acordo com o requerimento 109/2021, proposto pela Vereadora Professora Ana Lúcia, a entrega ocorrerá na Sessão Ordinária do dia 9 de março de 2021, em reconhecimento à relevante participação destas mulheres na política maringaense.

O Movimento Mais Mulheres No Poder foi formado no contexto das eleições municipais de 2020, por 78 pré-candidatas a vereadora e cinco voluntárias, com o objetivo de conquistar uma bancada feminina no Legislativo de Maringá.

A inexistência de vereadoras na Legislatura 2017-2020, além do fato de a mulher ser maioria dos habitantes e do eleitorado maringaense, respectivamente 52,7% e 54,3%, motivaram a criação do Mais Mulheres No Poder. Além disso, em 74 anos, apenas 13 mulheres ocuparam o cargo de vereadora.

Visando reverter a baixa presença da mulher no legislativo maringaense, o Movimento constituiu-se em três ações durante o período eleitoral: 1) construir uma rede de proteção contra fake news, ofensas, crimes contra a honra etc.; 2) dar visibilidade às candidatas nas redes sociais, com participação em debates, publicação de artigos e análises, divulgação do perfil, propostas e notícias das atividades realizadas e; 3) tornar Maringá território livre de candidaturas fictícias, também conhecidas como candidaturas “laranjas”.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Hossokawa recebe Movimento Mais Mulheres No Poder

Foto: Juliana Daibert. 


Na tarde de quarta-feira, 13, integrantes do Movimento Mais Mulheres No Poder apresentaram ao  Presidente da Câmara de Vereadores, Mario Hossokawa, uma das propostas defendidas por elas: a indicação de mulheres para 50% dos cargos de primeiro e segundo escalão do Executivo. Participaram da reunião Eliany Feitoza (PDT), Margot Jung (PT), Sandra da Saúde (PSL), Cristiane Tazinafo (PTC), Elenice Santos (PTB), Rose Leonel (Podemos), Barbara Segantine (PCdoB) e a vereadora professora Ana Lúcia Rodrigues (PDT).

Hossokawa lembrou que quase todas as vereadoras que cumpriram mandatos na Câmara de Maringá ocuparam cargos em administrações públicas, o que, segundo ele, é fundamental à futura legisladora para tornar-se conhecida e ter seu valor reconhecido.

 

Para além de reforçar a legitimidade e a tendência atual de maior participação da mulher em espaços de poder e decisão, o presidente colocou-se à disposição para contribuir no encaminhamento das propostas que surgirem e parabenizou as integrantes pela iniciativa de união em torno do objetivo de eleger bancadas femininas para os legislativos. “É difícil organizar tantos partidos diferentes com ideologias tão diversas, vocês estão de parabéns.”

 

Na reunião, a vereadora professora Ana Lúcia reafirmou o compromisso com as propostas defendidas pelo Movimento e, nesse sentido, informou que encaminhará o projeto que trata da paridade nos cargos de primeiro e segundo escalão.  


Após a reunião, as mulheres participaram da inauguração do Espaço Mais Mulheres No Poder no gabinete da vereadora. Ana Lucia e Sandra da Saúde “descerraram o lenço” que cobria o manifesto do movimento, em torno do qual estarão fotografias com a trajetória das ações do MMNP.


terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Terezinha Pereira é empossada na SEMULHER de Maringá com o compromisso de garantir às mulheres uma vida sem violência

 


Foto: Kamilla. Terezinha Pereira - Secretária da SEMULHER


    Escolhida pelas integrantes do Movimento Mais Mulheres no Poder de Maringá e indicada ao prefeito reeleito Ulisses Maia para ocupar a chefia da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SEMULHER), Terezinha Pereira foi empossada no cargo nesta segunda-feira, 04, com o grande desafio de promover a igualdade e a equidade de gênero.

“Assumo com o compromisso de implantar políticas públicas de Estado, e não de governo, que respeitem as diversidades, que promovam o empreendedorismo das mulheres e sua participação na política, que tenham eficácia para alterar os indicadores negativos e que possam garantir as mulheres uma vida sem violência, que é um direito constitucional”, assegurou Terezinha.

No momento em que vivenciamos casos diários de feminicídios pelo país, prevenir e combater a violência contra as mulheres é meta prioritária de todos os que compõem a administração pública. Para a SEMULHER ser protagonista nesta luta, Terezinha diz que irá trabalhar incansavelmente com “a transversalidade na gestão, as parcerias com os movimentos organizados de mulheres e buscaremos os recursos necessários junto aos governos Federal e Estadual, porque para bons projetos sempre há recursos”.

            Vice-presidente do Conselho Municipal da Mulher de Maringá, Terezinha Pereira é acadêmica de Gestão Pública, pela Uniasselvi, e Teologia, pela Faculdade Teológica Sul Americana. Foi presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher no Paraná, representante do estado no Fórum Nacional de Gestores e Fórum de Gestoras do Mercosul, além de integrar o Comitê de Monitoramento do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.

 

            Escolha democrática

            Numa construção coletiva, a escolha do nome de Terezinha Pereira foi definida numa eleição direta e com voto aberto. No contexto da pandemia, o colégio eleitoral se reuniu de forma virtual e votou a partir de regras definidas pelas articuladoras dos partidos que integram o Movimento Mais Mulheres no Poder (MMMP) de Maringá. Com a maioria dos 55 votos¹ apurados, Terezinha foi a mais votada entre as seis candidatas e indicada pelo MMMNP ao prefeito Ulisses Maia para ocupar a SEMULHER.

Importante destacar que o Movimento Mais Mulheres no Poder nasceu com objetivo de eleger uma bancada de mulheres na Câmara Municipal, que na última legislatura não possuiu nenhuma mulher em sua composição. O Movimento chamou a atenção da população para o fato de que apesar de representarem metade da população e de eleitores, as mulheres carecem de representação nas instâncias de poder, seja no Legislativo, seja Executivo.

Com número recorde de candidatas de diversos partidos nesta eleição, as mulheres conquistaram a confiança dos eleitores, garantiram uma expressiva votação e conquistaram duas vagas na Câmara de Vereadores. Uma delas será ocupada pela representante do MMMP, Ana Lúcia Rodrigues (PDT), que é umas articuladoras do grupo e está profundamente comprometida com as duas principais bandeiras do Movimento: Garantir a paridade de gênero com a presença de 50% de mulheres nos cargos de sua livre indicação para o primeiro e segundo escalão e destinar 4% do orçamento do município, de forma transversal, para as políticas de enfrentamento à violência contra a mulher.

 

Nota:

¹ Relação das participantes da escolha de nome do MMMNP, para indicação ao prefeito

1. Aline Câmara (REDE SUSTENTABILIDADE)
2. Professora Aline Casado (REDE SUSTENTABILIDADE) 
3. Professora Ana Lucia (PDT) 
4. Alana Marquezini (PSD) 
5. Andrea Galetti (PSD) 
6. Barbara Segantine (PC DO B) 
7. Bete Mascote (PP) 
8. Brenda Rompatto (PSB)  
9. Cidinha Goés (PDT) 
10. Cristiane Tazinafo (PTC) 
11. Cristina Mendes (PL)  
12. Cristiane Neme (PROS) 
13. Denizete Ramalho (PP) 
14. Elaine dos Orgânicos (PDT) 
15. Elenice Santos (PTB) 
16. Eliany Alves Feitoza (PDT) 
17. Eliane Regina (PSB) 
18. Evelin Cavalini (PODEMOS)
19. Flavia Bergamaschi (PSD)
20. Hanae Shinnai (PL)
21. Jacira Martins (DEM)
22. Jéssica Cafisso (voluntária)
23. Jessica Magno (PT)
24. Josy da Tapioca (PDT)
25. Juliana Daibert (voluntária)
26. Katia Lopes (PL)
27. Kelly Ramos (REDE SUSTENTABILIDADE)
28. Latife Ammar (REDE SUSTENTABILIDADE)
29. Engenheira Lilianny (MDB)
30. Luana Barros (PP)
31. Profa Dra Lucimar Pontara (PSB)
32. Majô (PP)
33. Margot (PT )
34. Professora Marceli (PODEMOS)
35. Professora Maria Célia (PT)
36. Marisa Silva (PL)
37. Professora Mel (PL)
38. Mercia Froeming (MDB)
39. Professora Nadir (MDB)
40. Naiara Coelho (voluntária)
41. Nelci Felix (PSD)
42. Regina Daefiol (voluntária)
43. Regina Zeladora (sob judice com recurso) (PSD)
44. Rose Leonel (PODEMOS)
45. Rosangela Provopar (PSd)
46. Rubia Macaris (REPUBLICANOS)
47. Sandra Nicolau (PSB)
48. Sandra Zanchet (PTC)
49. Sandra da Saúde (PSL)
50. Silvia Calciolari (voluntária)
51. Sirlei Pinheiro (PSL)
52. Terezinha Pereira (PP)
53. Vera Lopes (PSD)
54. Vera Nogueira (PT)
55. Vera da União dos Moradores (PT)

sábado, 26 de dezembro de 2020

A construção de uma outra cultura com Mais Mulheres No Poder

 


Professora Ana Lúcia Rodrigues*

 

“...esse é um dia histórico, mais um dia histórico que vocês (Movimento Mais Mulheres No Poder) estão escrevendo em Maringá ... todos nós somos passageiros, mas vocês estão mudando uma cultura e vocês sabem o que isso significa ”- Prefeito Ulisses Maia (leia mais em nosso Facebook aos 33 min.: https://www.facebook.com/maismulheresnopodermaringa/videos/448411472990681).

 

               O Movimento Mais Mulheres No Poder se reuniu com o prefeito Ulisses Maia no dia 15 de dezembro de 2020, para tratar da Carta Compromisso assinada por ele como candidato, na qual se comprometeu em atender às duas Propostas defendidas por nós: 1ª.) garantir a paridade de gênero com a presença de 50% de mulheres nos cargos de sua livre indicação para o primeiro e segundo escalão e; 2ª.) destinar 4% do orçamento do município, de forma transversal, para as políticas de enfrentamento à violência contra a mulher.

               A leitura que o prefeito fez das propostas com as quais se comprometeu indica sua compreensão do isso significa para alterar uma CULTURA que está arraigada na forma como o poder é dividido. O poder tem sido disputado pelo masculino de forma muito tranquila porque, nesta forma, o lugar da Mulher está reservado nos cargos que culturalmente couberam a ela, por isso não se admite que a Mulher possa disputar espaços mais amplos de poder. E o prefeito não fugiu ao compromisso com o Movimento, aliás, indo além ao dizer na reunião: “...eu lanço o desafio de vocês indicarem a Secretária, seja quem for”.

Mas, eu sei que romper uma cultura não é tarefa trivial, fácil e sem desconforto, sendo “natural”, portanto, a emergência de conflitos nesse processo, pois conflitos são componentes de toda e qualquer disputa. Alguns analistas políticos da cidade fizeram leituras desse processo de acordo com a concepção que cada um tem da política e da sociedade e, enquanto isso, o nosso Movimento segue no caminho da construção para conquistar a paridade, nesse momento inserindo-a na agenda pública do prefeito.

É preciso que as Mulheres construam organizações para conquistar esses espaços que histórica e culturalmente estão destinados aos Homens. E não será tarefa fácil, por isso o Movimento avalia que a atitude do prefeito Ulisses Maia, um dos quatro candidatos que assinou a Carta Compromisso sem impor qualquer condição, foi assertiva, alinhada às tendências mundiais de entrada paritária da Mulher nos espaços de poder, de decisão e de gestão orçamentária. É preciso dizer aqui que, enquanto esse debate está sendo iniciado em Maringá, em Paris, por exemplo, a prefeita Anne Hidalgo foi multada por nomear mais mulheres que homens para os cargos de sua livre indicação (https://jovempan.com.br/programas/jornal-da-manha/prefeita-de-paris-e-multada-por-empregar-mulheres-em-excesso.html).

No Manifesto de criação do Movimento Mais Mulheres No Poder consta que as mulheres “...têm contribuído de forma importante para o desenvolvimento e crescimento de Maringá. MAS, FALTA! Falta consolidar a presença igualitária nos espaços de decisão, em especial nos espaços institucionais - no Legislativo e no Executivo” (leia mais em nosso blog: https://maismulheresnopoder2020.blogspot.com/2020/07/manifesto-por-uma-bancada-feminina-na.html).

socióloga, vereadora eleita pelo PDT em Maringá, articuladora do Movimento Mais Mulheres No Poder.


terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Vice-Presidente do Conselho Municipal da Mulher de Maringá foi indicada para assumir a SEMULHER

 

O Movimento Mais Mulheres No Poder (MMMNP) escolheu por meio de um processo eleitoral o nome de TEREZINHA BERALDO PEREIRA, atual Vice-Presidente do Conselho Municipal da Mulher de Maringá, como indicação ao Prefeito Ulisses Maia para assumir a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres – SEMULHER, em cumprimento a uma solicitação feita pelo próprio prefeito em reunião com as representantes do Movimento no dia 15 dezembro de 2020 no Paço Municipal. Na ocasião o prefeito desafiou o Movimento Mais Mulheres No Poder, que é composto por 78 candidatas a vereadora de Maringá que juntas somaram 27.695 votos nas últimas eleições municipais além de voluntárias e colaboradoras, a indicar um nome para assumir a Secretaria. Foram cinco dias de debates, com a inscrição de seis (6) concorrentes à indicação para o cargo e a eleição ocorreu na noite desta segunda feira (21/12) em reunião convocada exclusivamente com esta pauta. Das 82 integrantes do Movimento aptas a votar, 55 compareceram e votaram. Terezinha Pereira (PP) obteve 33 votos, Evelin Cavalini (Podemos) 8 votos, Vera Lopes (PSD) 7 votos, Alana Marquezini (PSD) 3 votos, Cristiane Tazinafo (PTC) 2 votos e Rose Leonel (Pode) 2 votos.

Terezinha Pereira, nome indicado pelo Movimento, é atualmente Vice-Presidente do Conselho Municipal da Mulher de Maringá e já ocupou várias funções vinculadas às políticas para mulheres, entre elas foi Secretária da Mulher de Maringá; Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Paraná; Coordenadora Estadual da Política da Mulher; Coordenadora do Fórum Estadual de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher. O cumprimento, com sucesso, da responsabilidade atribuída ao Movimento pelo Prefeito Ulisses Maia mostra que o trabalho realizado para levar a mulher aos espaços de decisão e de poder está no caminho certo. Vale lembrar que o Movimento, que surgiu em Maringá em junho deste ano, defende duas propostas: 1) paridade de gênero com a presença de 50% de mulheres nos cargos de livre indicação do prefeito, para o primeiro e segundo escalão e; 2) 4% do orçamento do município de forma transversal, para as políticas de enfrentamento à violência contra a mulher.

 MOVIMENTO MAIS MULHERES NO PODER - MARINGÁ


segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Colégio Eleitoral Movimento Mais Mulheres No Poder atualizado - 15hs. 21/12/2020

COMPOSIÇÃO DO COLÉGIO ELEITORAL DO MOVIMENTO MAIS MULHERES NO PODER PARA ESCOLHA DA SECRETÁRIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS MULHERES EM 21/12/2020 – MARINGÁ – PR.

 

Nome

Partido

Votos

Aline Câmara

REDE

999

Professora Aline Casado

REDE

641

Professora Ana Lucia

PDT

2707

Alana Marquezini

PSD

673

Ana Mãe do João Bombeirinho

PSL

276

Andrea Galetti

PSD

169

Alessandra Santos

PDT

79

Ana Ventura

PDT

30

Barbara Segantine

PC DO B

144

Bete Mascote

PP

37

Brenda Rompatto

PSB

438

Candidatura Coletiva* - Célia Vilela

PT

1512

Candidatura Coletiva* -  Jamile Fernanda

PT

Candidatura Coletiva* - Marcia França

PT

Candidatura Coletiva* - Nathalia Ronchi

PT

Cidinha Góes

PDT

-------

Cristina Mendes

PL

42

Cristiane Neme

PROS

500

Cristiane Tazinafo

PTC

------

Denizete Ramalho

PP

308

Diretora Edneia

PTB

272

Elaine dos Orgânicos

PDT

45

Elenice Santos

PTB

133

Eliany Alves Feitoza

PDT

91

Eliane Regina

PSB

269

Eselma

PSL

114

Evelin Cavalini

PODEMOS

760

Fabiula Guimarães

MDB

119

Flavia Bergamaschi

PSD

150

Geni Quintino

REPUBLICANOS

235

Hanae Shinnai

PL

680

Ines do Postinho

DEM

294

Irene Jusinskas

PSB

74

Isa Simões

MDB

1027

Jacira Martins

DEM

550

Jessica Cafisso

voluntária

 

Jessica Magno

PT

137

Josy da Tapioca

PDT

169

Juliana Daibert

Voluntária

 

Katia Lopes

PL

500

Kelly Ramos

REDE

75

Latife Ammar

REDE

85

Engenheira Lilianny

MDB

233

Lilian Ferreira

PP

639

Loide Barboza

PSB

109

Luana Barros

PP

313

Profa Dra Lucimar Pontara

PSB

238

Madalena Belarmino

MDB

315

Majô

PP

1479

Margot

PT

1106

Professora Marceli

PODEMOS

291

Marcia Yamada

REDE

63

Marcia Camargo

PT

49

Professora Maria Célia

PT

384

Maria Fernandes

REPUBLICANOS

89

Marisa Silva

PL

140

Marthinha Borges

PDT

40

Professora Mel

PL

305

Mercia Froeming

MDB

723

Professora Nadir

MDB

676

Naiara Coelho

voluntária

 

Nelci Felix

PSD

64

Regina Daefiol

voluntária

 

Regina Zeladora (sob judice com recurso)

PSD

69

Rose Leonel

PODEMOS

259

Rosi Diniz

PODEMOS

162

Rosangela Provopar

PSD

377

Rubia Macaris

REPUBLICANOS

89

Sandra Zanchet

PTC

100

Sandra da Saúde

PSL

346

Silvia Calciolari

voluntária

 

Silvinha do Sopão

PP

56

Sirlei Pinheiro

PSL

322

Sônia Leonel

MDB

512

Terezinha Pereira

PP

159

Valdete Silva

REPUBLICANOS

171

Vanete Silva

PTB

44

Vânia Teixeira

MDB

168

Vera Lopes

PSD

753

Vera Nogueira

PT

380

Vera da União dos Moradores

PT

113

Professora Vilma

PT

2025

 

 

27.695

*Candidatura Coletiva, com 4 candidatas integrantes do Movimento

 

 

Colégio Eleitoral composto pelas Integrantes do Movimento Mais Mulheres No Poder

Total 82 integrantes

Vereadoras (candidaturas)

77

Voluntárias do Movimento

05